Os bancos controlados pelo governo iniciam movimento de queda das taxas de juros. Pelo menos foi o anunciado. A manchete principal do Globo de hoje é essa.
Resta esperar e ver se vai mesmo ocorrer tal queda por parte do Banco do Brasil, banco de capital misto, porém com controle do governo, e da Caixa Econômica Federal (banco público).
A intenção dessa forçada dos mandatários do país é diminuir o spread bancário e fazer com que outros gigantes, como Bradesco, Itaú, Santander façam o mesmo. A medida incentiva o consumo por ser mais fácil tomar empréstimo.
Até aí tudo bem. Num primeiro momento todo mundo fica feliz. O caboclo vai se endividar mais e, acaba mesmo, aquecendo a economia. Heterodoxos gozam de felicidade. Eu também serei beneficiado nessa primeiro momento.
Porém, na vida existem trade-offs. Uma contrapartida é que tal aquecimento do consumo com crédito farto pode aumentar a inadimplência e fortalecer a inflação.
Outro ponto é a queda nas receitas dos bancos e, consequentemente, dos seus lucros. Sair de uma cobrança de 14% para 3% ao mês é um movimento grande. Se os bancos passarem dificuldade, vai deixar quebrar ou eu vou salvá-los de novo?