Não é lá grandes coisas o “descobrimento” de um “rombo de 20 bilhões de reais” nas contas das tradicionais Lojas Americanas num país altamente burocratizado o qual os mecanismos favorecem as práticas “não republicanas” onde já se constatou diversas fraudes em grandes empresas nas casas dos bilhões. Nesse cenário as Americanas seriam mais um dos casos das grandes empreiteiras em seus conchavos com governos.
A diferença é que agora atingiu em cheio o VAREJO. O processo de automação começou tem tempo. A “Americanas Ponto Com” foi uma das primeiras grandes redes de varejo a se firmar no universo de compras ONLINE, segmento que só cresce e a tendência é seguir nesse caminho. O custo da logística online é menor que o custo de se manter grandes estruturas de lojas físicas. Assim o comércio de PRODUTOS deve se tornar praticamente todo online.
Essa perspectiva já é clara à medida que percebe-se que as grandes “lojas de departamento”, como a Lojas Americanas, estão cada vez mais raras e sendo substituídas por menores estruturas como a “Americanas Express”. Ainda assim esse formato “pocket” de uma loja de departamento tem se voltado a produtos alimentícios. Não chega a ser um mercado mas vai na linha. Já as compras de produtos de bens duráveis – ou aqueles que possuem um ciclo de vida maior – se dá basicamente da forma online dada a maior agilidade e menor preço final ao consumidor.
Então a grande queda de suas ações e consequente possível falência não quer dizer grande coisa para o mercado como um todo, mas apenas para quem estava recheado de AMER3 em sua carteira. O ponto é sacar que as grandes lojas e shoppings para se manterem terão que cada vez mais apostar em SERVIÇOS. Os shoppings já vivem isso. São locais alimentação e entretenimento. São um complexo de parques infantis, restaurantes, McDonald’s, cinemas e videogames. As grandes lojas de departamento terão que se adaptar.