Dívida tem prazo

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“País X tem dívida de 200% do PIB”

Jornalistas são fracos demais. Aprenderam a fazer conta de dividir, pegam o estoque total da dívida de um país e fazem a relação com o PIB do ano.

Essas dívidas são fracionadas, têm prazos diferentes. Há países que emitem títulos com vencimento de até 40 anos. A relação dívida/PIB é um indicador, mas a análise não pode ser tão simplista assim.

Seria como você pegar financiamento imobiliário de 500 mil na CEF pra pagar em 30 anos e dizer que não terá capacidade de pagamento pois sua receita anual é de 120 mil (salário de 10 mil/mês). Nesse caso o jornalista vai dizer que você tem uma “dívida correspondente a 317% do seu PIB“. Bobagem.

Vale também para estados, municípios, empresas.

A tolerância é para os choques

As metas de inflação são um dos pilares do famoso tripé macroeconômico.

Em tal meta existem os intervalos de tolerância para acomodar eventuais choques na economia.

Escrevemos em 2011 ESSE POST no qual alertamos que o governo usa o teto como meta, uma desvirtuação.

O câmbio flutuante já era há tempos com as demasiadas interferências do BC. O superávit primário foi pro caralho no final de 2014 quando o PT mudou as regras no final do jogo.

Espero que preservem o Real.

Acabou o legado

O primeiro governo Lula foi razoavelmente bem. O segundo já nem tanto.

O primeiro governo Dilma foi um desastre. O segundo promete ser ainda pior.

Fato é que a medida que nos afastamos cronologicamente do governo da Social Democracia (1994 a 2002), o governo populista do PT vai detonando o legado do FHC, o último que criou algo para o país, e não para o partido. Depois do FHC tivemos apenas cópias mal feitas.

A conta chegou. Cadê aquele gigante que tinha acordado?